Mobilizados desde o início de março em torno da pauta salarial de 2025, os servidores da Educação da rede municipal de Belo Horizonte entraram em greve no dia 5 de junho. Até o fechamento desta edição, em 30 de junho, a paralisação já completava 25 dias, sem previsão de encerramento.
O principal impasse está na proposta de reajuste apresentada pela Prefeitura, de 2,49%, percentual considerado insuficiente pela categoria. Segundo os representantes do movimento grevista, o valor não cobre as perdas salariais e está distante do reajuste do Piso Nacional do Magistério para 2025, fixado em 6,27%.
A PBH justificou o reajuste de 2,49% com base na inflação dos primeiros meses de 2025, alegando que a de 2024 já foi compensada no aumento anterior. Também prometeu corrigir a inflação de maio de 2025 a abril de 2026 e recompor, de forma escalonada, as perdas acumuladas entre 2017 e 2022 nos próximos dois anos.
A PBH encaminhou à Câmara Municipal o projeto de lei que prevê reajuste salarial de 2,49% para as categorias que aceitaram o acordo. A proposta também contempla o aumento do vale-refeição de R$ 37,81 para R$ 60 e a criação de um vale-alimentação, com valores entre R$ 16,67 e R$ 25, destinado a servidores com jornada inferior a 8 horas diárias. O projeto ainda depende de aprovação dos vereadores.